É o uso do cachimbo que entorta a boca
Antônio Leitão
Como já dissemos, cargo público não é concessão de uso, mas oportunidade de realizações, e estas realizações ocorrerão na medida em que o ocupante do cargo quiser tornar republicanos os conhecimentos adquiridos através do desenrolar de sua vida em convivência interativa com as experiências do coletivo.
Como sempre dissemos, o maior problema do Brasil é conceitual, pois os parâmetros de construção dos nossos conceitos, tradicionalmente, são as conveniências, não as convicções. Por isso, não é nada difícil encontrar equívocos primários no desempenho dos nossos papéis sociais.
(...)
E, se formos refletir, atendendo aos desígnios do bom senso, dificilmente existe uma propriedade privada que não viva em função das causas coletivas. O fato é que, enquanto não nos livrarmos das nossas convenientes concepções defeituosas, teremos que amargar estas malfadadas farras com o erário. É bom salientar que, da mesma forma que em outras situações semelhantes, é preciso entender que mau não é o cartão corporativo, mas o uso gatunal deste.
Depois de acontecimentos como estes, quanto mais o tempo passa, tanto melhor somos forçados a perceber que nem leis nem religiões são capazes de delinear caráter de ninguém... Mesmo porque não existe elaboração coletiva nem para estas nem para aquelas, e isto, com certeza, dificulta em muito a adesão de suas responsabilidades nas respectivas execuções.
Um comentário:
Muito obrigado pela deferência, pela gentileza em se dignar a analisar mensagens nossas. Estou sempre à sua disposição e sinta-se à vontade, sempre que gostar de um texto para incluí-lo junto ao seu trabalho, tão interessante. Parabéns pelo Blog! Leitão
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