Da funcionária da editora para a revisora:
- Olha, você tirou toda a essência do texto do nosso escritor.
- Mas o texto estava completamente errado, não dava para entender nada...
- É essa a essência dele.
Simon quer investigar corrupção na privatização da Vale
Senador analisou diferença entre a avaliação e o preço real da empresa
As denúncias de que a privatização da Vale do Rio Doce esteve envolvida em pagamento de propinas a funcionários do governo da época, foram lembradas hoje pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). Em discurso no Senado, o parlamentar mencionou o negócio da privatização daquela que à época já era considerada a segunda maior mineradora do mundo, com o termo auto-explicativo “privataria”, consagrado pelo jornalista Elio Gaspari.
Conforme Simon, “temos que voltar a analisar o que aconteceu lá na privatização, quando até um ministro caiu (referência a Mendonça de Barros, das Comunicações, que renunciou no plenário do Senado, após discurso do senador Simon) um momento envolto em mistério que a história vai julgar”. O senador destacou citou que todos os jornais, todas as revistas semanais noticiaram a possível participação do governo na montagem do Consórcio Brasil, por intermédio do diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, “aquele que ficou conhecido pela frase ‘estamos no limite da responsabilidade’.
Avaliação duvidosa - Para Simon, uma investigação deverá esclarecer os métodos utilizados pela empresa norte-americana Merril Lynch para avaliar o preço da Vale do Rio Doce. “É impossível, diz Simon, que os economistas dessa empresa sejam tão incompetentes a ponto de chegar a um valor menor que o lucro atual da empresa em apenas três meses? Erro de cálculo? Orientação política direcionada? Má-fé? A pergunta está no ar”, acrescentou o parlamentar. Simon destacou ainda que “o economista norte-americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia e ex-Vice-Presidente do Banco Mundial, insuspeito, portanto, foi ainda mais longe. Chamou o processo, Presidente, de propinização. Propinização: estatizar a propina, e não privatização”.
O senador lembrou a capa da revista Veja, edição de oito de maio de 2002: Propina na privatização - Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem dos fundos de pensão, ex-caixa da campanha do tucanato, e a história dos R$15 milhões pedidos ao consórcio que comprou a estatal Vale do Rio Doce. Dois ministros confirmam a história: R$15 milhões na Vale. O controle acionário da mineradora foi vendido por R$ 3,3 bilhões, enquanto que somente nos últimos cinco anos, os lucros líquidos da Vale chegaram a R$ 55 bilhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa