Já ouvi, por meio de relatos dos mais variados, que muitos dos novos servidores que têm ingressado na carreira pública têm enfrentado uma série de dificuldades para desempenhar o seu papel. Principalmente aqueles que não tiveram a felicidade de ingressar na chamada elite do funcionalismo, composta pelas carreiras típicas de Estado e outras, sem essa conotação, mas igualmente bem remuneradas.
Conforme vai descendo o "escalão" salarial dos cargos efetivos, menores são as chances de o servidor ascender na carreira, ocupar funções de chefia e assessoramento, aumentar sua remuneração com base na produtividade etc. Sem mencionar que, por uma interpretação constitucional mais rígida, nem deveriam haver tais separações. Não consigo entender a razão de um servidor público concursado, de nível superior, que atue na área de recursos humanos, ganhar, iniciais, R$ 2.000,00 num Ministério, R$ 5.000 em outro, R$ 13.000,00 num terceiro, 10.000,00 numa agência reguladora, R$ 7.000 num Tribunal ou R$ 11.000,00 numa Casa Legislativa.
Isso estimula uma insatisfação constante e um inevitável "olhar para a grama do vizinho" - sempre mais verde, sendo que, a rigor, todos esses servidores estão realizando atividades similares. E isso pode até vir a comprometer a dedicação por parte do servidor das carreiras de menor remuneração, que estarão gastando o seu tempo livre para estudar para outros concursos, em vez de descansar e se especializar para exercer melhor o cargo que ocupam. A meu ver, a diferenciação salarial no funcionalismo deveria ser reduzida a níveis mínimos e, se ainda houvesse, que existisse por área de atuação, e não por carreira.
Quer dizer, na opinião deste palpiteiro, deveria haver bons salários-padrão de acordo com a qualificação exigida (analista - nível de pós-graduação, analista - nível superior, técnico - nível médio etc.), acrescidos de uma gratificação variável de acordo com a atividade. Se ao Governo, em determinado momento, fosse interessante contar com mais fiscais, que se desse uma gratificação maior a quem atua com a atividade de fiscalização em qualquer dos órgãos. Se o fiscal, oriundo de órgão onde essa seja a carreira por excelência, resolver atuar na área de comunicação, que se pague a ele a gratificação pelo exercício dessa atividade (seja ela maior ou menor), e não pela fiscalização. Iniciativa nessa linha foi a recente criação das Gratificações Temporárias (GSISTE, GSISP) pelo Poder Executivo, que enxergo com bons olhos, se tiverem mantidas a sua destinação e finalidade.
Mas, voltando ao tema da nossa postagem, peço que o servidor novo, mesmo se deparando com as dificuldades mencionadas, não desista de realizar bem o seu trabalho. Mesmo sentindo-se desmotivado pela falta de expectativas para o futuro de sua carreira, continue a atender com o mesmo sorriso a população. Pense que o seu atual cargo público é uma vitória pessoal, pelo seu esforço em conseguí-lo, e para a população, em contar com o seu serviço de qualidade prestado em nome do Estado. Mas também, ao chegar em casa, busque forças para realizar leituras, fazer cursos em seu tempo livre, enfim, atividades que o permitam tornar-se um excelente técnico em sua área e um candidato fortíssimo a cargos mais cobiçados do serviço público. Sugiro isso porque, infelizmente, a aproximação das faixas salariais do funcionalismo, apesar de ter avançado no segundo mandato do Governo Lula, ainda é um sonho distante.
Conforme vai descendo o "escalão" salarial dos cargos efetivos, menores são as chances de o servidor ascender na carreira, ocupar funções de chefia e assessoramento, aumentar sua remuneração com base na produtividade etc. Sem mencionar que, por uma interpretação constitucional mais rígida, nem deveriam haver tais separações. Não consigo entender a razão de um servidor público concursado, de nível superior, que atue na área de recursos humanos, ganhar, iniciais, R$ 2.000,00 num Ministério, R$ 5.000 em outro, R$ 13.000,00 num terceiro, 10.000,00 numa agência reguladora, R$ 7.000 num Tribunal ou R$ 11.000,00 numa Casa Legislativa.
Isso estimula uma insatisfação constante e um inevitável "olhar para a grama do vizinho" - sempre mais verde, sendo que, a rigor, todos esses servidores estão realizando atividades similares. E isso pode até vir a comprometer a dedicação por parte do servidor das carreiras de menor remuneração, que estarão gastando o seu tempo livre para estudar para outros concursos, em vez de descansar e se especializar para exercer melhor o cargo que ocupam. A meu ver, a diferenciação salarial no funcionalismo deveria ser reduzida a níveis mínimos e, se ainda houvesse, que existisse por área de atuação, e não por carreira.
Quer dizer, na opinião deste palpiteiro, deveria haver bons salários-padrão de acordo com a qualificação exigida (analista - nível de pós-graduação, analista - nível superior, técnico - nível médio etc.), acrescidos de uma gratificação variável de acordo com a atividade. Se ao Governo, em determinado momento, fosse interessante contar com mais fiscais, que se desse uma gratificação maior a quem atua com a atividade de fiscalização em qualquer dos órgãos. Se o fiscal, oriundo de órgão onde essa seja a carreira por excelência, resolver atuar na área de comunicação, que se pague a ele a gratificação pelo exercício dessa atividade (seja ela maior ou menor), e não pela fiscalização. Iniciativa nessa linha foi a recente criação das Gratificações Temporárias (GSISTE, GSISP) pelo Poder Executivo, que enxergo com bons olhos, se tiverem mantidas a sua destinação e finalidade.
Mas, voltando ao tema da nossa postagem, peço que o servidor novo, mesmo se deparando com as dificuldades mencionadas, não desista de realizar bem o seu trabalho. Mesmo sentindo-se desmotivado pela falta de expectativas para o futuro de sua carreira, continue a atender com o mesmo sorriso a população. Pense que o seu atual cargo público é uma vitória pessoal, pelo seu esforço em conseguí-lo, e para a população, em contar com o seu serviço de qualidade prestado em nome do Estado. Mas também, ao chegar em casa, busque forças para realizar leituras, fazer cursos em seu tempo livre, enfim, atividades que o permitam tornar-se um excelente técnico em sua área e um candidato fortíssimo a cargos mais cobiçados do serviço público. Sugiro isso porque, infelizmente, a aproximação das faixas salariais do funcionalismo, apesar de ter avançado no segundo mandato do Governo Lula, ainda é um sonho distante.
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