quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Visões sobre Copenhague

Caríssimas amigas e queridos amigos, minha participação na Conferência sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, não permitiria descrever outro cenário senão o que já está sendo oferecido pelos meios de comunicação. Mas posso destacar aqui alguns aspectos importantes, como a abnegação e o espírito coletivo de pessoas de todo o mundo, que muitas vezes enfrentaram o frio e outros tipos de dificuldade para transmitir a sua mensagem ao restante do planeta. A sociedade civil mostrou-se atenta ao assunto e tratou de buscar a sua merecida representatividade naquela discussão. Também foi possível verificar o papel de protagonismo que o Brasil consolidou em sua participação nos debates. Com uma delegação respeitável, quantitativa e qualitativamente, o Brasil mostrou ao mundo a sua liderança e compromisso para a redução dos efeitos negativos das mudanças climáticas. Outro ponto importante que posso trazer aos leitores e que tenho orgulho em dizer é que, das autoridades brasileiras presentes ao evento, o que mais se pôde identificar era compromisso. Parlamentares, prefeitos e governadores enfrentaram grandes filas, num frio de aproximadamente 2 graus, para poder entrar no evento e participar dos debates. E só saíam no final do dia, após terem participado de seminários e discussões. Efetivamente, estavam ali a honrar os seus mandatos.

Mas este blogueiro não poderia deixar de observar um ponto importante: a gestão pública dinamarquesa. Apesar da elevada carga tributária, o cidadão sabe que será contemplado com as benesses que um estado de bem estar pode oferecer. Em Copenhague, os prédios são parecidos com os de Brasília, com número de andares limitado, e crescimento urbano horizontal. Os índices de pobreza e analfabetismo são mínimos, e o país, de apenas 5 milhões de habitantes, possui infra-estrutura de ponta, com asfaltamento impecável e um comércio pujante, ainda mais valorizado pela época do Natal. As cidades menores próximas da capital também desfrutam de boa estrutura e são de fácil acesso, pelo metrô de primeira linha ou por bem cuidadas rodovias. Para que essa situação seja vivida por Brasília, a meu ver, falta apenas um pouco mais de vontade política e de cuidado no trato da máquina administrativa e dos recursos públicos.

Um comentário:

Chia disse...

Caríssimo parlamentar, não recebi comunicado sobre seu aniversário, de forma que não pude comparecer. De qualquer jeito, acabei de voltar de viagem, hehe. Quero conhecer melhor seu projeto para "nossa" combalida capital...